sexta-feira, 1 de outubro de 2010

MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

Pulmão
Nosso Sistema de Defesa
O pulmão é o responsável pela captação da parte yang da energia vital que chega através da respiração, e os distúrbios desta função vão repercutir no pulmão e no rim, que é onde vai ser recebida e agregada com a parte yin da energia que entra pelo estômago com a alimentação.
 Outra função importante do pulmão é em relação à defesa do organismo. Esta defesa é diferente da imunidade humoral, que está ligada às células brancas do sangue. Esta defesa é feita por uma energia que chamamos de wei qi, que é gerada pelo pulmão.
 Esta energia circula na superfície do corpo, e dá o primeiro combate aos ataques externos, sejam eles virais bacterianos ou climáticos (vento, frio, umidade)
Energeticamente o pulmão rege várias estruturas, a saber: a garganta e suas estruturas (amígdalas, tireóide), nariz, seios da face, a pele e os pêlos e o intestino grosso.
As emoções ligadas ao pulmão são a tristeza, a melancolia, as angústias e as tensões muito prolongadas. Aqui poderíamos incluir as depressões, mas aí o comprometimento energético é também do fígado. De uma forma mais genérica, poderíamos dizer que o pulmão é afetado pelas perdas afetivas, como os relacionamentos terminados ou as perdas de entes queridos.
Uma relação muito importante é a da pele com o pulmão, fato que também é observado pelos colegas alopatas. É bastante comum a evolução de um eczema para algum tipo de bronquite, e também o contrário, como as asmas ou bronquites quando tratadas por métodos naturais tendem a se resolver através de eliminações na pele. Em alguns casos o tratamento de uma lesão de pele, feito de forma a suprimir a lesão, pode gerar como conseqüência patologias, que vão desde uma simples rinite até as asmas ou as pneumonias de repetição. Portanto, toda a atenção com os tratamentos das alergias, dos eczemas, das dermatites, porque se forem mal conduzidos podem levar a manifestações no pulmão e o observador menos avisado, poderá pensar que são manifestações independentes, quando é na realidade a mesma doença em fases diferentes.
Ainda na pele temos a transpiração, que é controlada pelo pulmão através da abertura e fechamento dos poros. Num quadro de diminuição da energia do pulmão podemos observar com freqüência a ocorrência de transpiração espontânea abundante, inclusive durante o sono. Nestes casos, a energia está tão fraca que não consegue fechar os poros.
Outra estrutura regida pelo pulmão é o intestino grosso que, junto com a pele, funciona como órgão de eliminação, como nos quadros catarrais onde há eliminação de muco juntamente com as fezes. Por outro lado, também temos as alergias alimentares que tem seu início nos intestinos e depois se manifestam na pele, podendo chegar a invadir o pulmão propriamente. Podemos também citar a intolerância à lactose, que também tem manifestações a nível intestinal e pulmonar. Temos também as constipações intestinais que podem ser por falta de líquidos, fibras, por excesso de calor, por excesso de umidade, por diminuição da energia total, por diminuição da energia do pulmão, e várias outras etiologias assim sendo não são só comendo frutas e verduras ou fibras em geral que vamos regularizar o funcionamento do intestino.
Outra função comandada pelo pulmão é a produção de líquidos orgânicos. Esta função em primeira instância pareceria ser do rim, mas é do pulmão. Esta produção se dá basicamente pela respiração celular, onde vamos ter como produtos finais, gás carbônico e água. Esta água pode ser chamada de endógena, para diferenciar da água que consumimos via oral, ou em outros alimentos. Uma disfunção neste processo de difusão da água vai levar a formação dos edemas (inchaços) nas partes altas do corpo, como no rosto, nas pálpebras, diferente dos edemas inferiores que estão ligados à energia do rim. Assim, resumindo, a água endógena é formada pelo pulmão e encaminhada ao rim, seguindo o mesmo caminho da energia yang captada pela respiração.
Uma forma fácil de reconhecer alguém com desarmonia da energia do pulmão, é pela cor extremamente branca do rosto. Para finalizar, o sabor que tonifica o pulmão é o picante, sempre em pequena quantidade, senão pode produzir calor e lesar o organismo.

Causas de Adoecimento
Por que Acontece?
Nossa saúde depende em grande parte de como estavam (energeticamente) nossos pais no momento da nossa concepção. Pais com idade avançada geralmente tem deficiência em vários órgãos e isto vai ser transmitido ao filho. Pais que fazem uso de drogas legais ou não também tem mais chances de gerar filhos com algum tipo de desequilíbrio energético. Nossos pais são responsáveis por nossa energia pré-natal, aquela que não é reposta.
Depois do nascimento até a adolescência temos alguns fatores que agem exclusivamente neste período. A amamentação é muito importante, pois ajuda a fortalecer a energia do baço-pâncreas-estômago, o que pode evitar vários transtornos alimentares, entre eles a obesidade.
As emoções afetam direta ou indiretamente as crianças, embora de forma menos intensa que nos adultos, pois as crianças tendem a reprimir menos suas emoções. De uma forma indireta o comportamento dos pais pode provocar sintomas nos filhos. Um exemplo muito comum são as crianças maiores que tem enurese noturna (urinam na cama). Geralmente por trás, existem pais que deixam estas crianças inseguras e ansiosas, e estas emoções vão lesar a energia do rim. Como é a energia do rim quem controla os esfíncteres, vamos ter a perda de urina. Crianças que vivem sob tensão constante costumam apresentar quadros de dor cabeça, esta tensão geralmente vem do ambiente familiar.
Outro fator neste período são os esportes. Aqui vamos ter dois aspectos a considerar, o tipo e a intensidade. De uma forma geral crianças mais tímidas, quietas, friorentas, devem buscar esportes fora da água, para se aquecerem e transpirarem bastante. Já crianças mais inquietas, calorentas devem fazer atividade física na água.
Por fim com a excessiva liberalização dos costumes a atividade sexual tem se tornado cada vez mais precoce. A atividade sexual precoce e excessiva acaba por consumir muito a essência vital principalmente dos homens, geralmente isto vai repercutir anos mais tarde como quadros de impotência ou ejaculação precoce. Aqui vai uma opinião pessoal, que é mais uma constatação: as coisas que nos dão realmente prazer, para que continuem assim devem ser feitas com moderação.
Existem alguns fatores que nos levam a diferentes graus de desequilíbrio, grosso modo podemos classificá-los em externos, internos e nem externos nem internos.
Dentre os fatores externos temos o clima, as radiações, e outros como ambiente de trabalho, atividade profissional, atividade física, atividade sexual, entre outros.
Como fatores internos têm as emoções, os pensamentos e os estados mentais.
Como fatores nem externos nem internos podemos colocar a alimentação e a respiração.
Desta lista resumida podemos observar que sobre alguns fatores temos controle quase que total e em relação a outros não temos praticamente nenhum. Por exemplo, sobre o clima nosso controle é nulo.Sobre as emoções é quase nulo.Mas sobre a alimentação pode ser total.
Destes fatores os que nos lesam de forma mais constante são as emoções, porque além de não as controlarmos, elas nos lesam durante as 24 h do dia.
Mas com certeza nós não somos afetados de maneira uniforme pelos vários fatores de desequilíbrio. Isto podemos observar quando um determinado tipo de comida,não deteriorada, faz mal para uma pessoa e não a outras.A mesma coisa podemos dizer das emoções e estados mentais que nos afetam das mais variadas formas.Mas o que determina esta variabilidade? A resposta é a nossa constituição, que basicamente vai ser determinada por nossa carga genética em combinação com dos fatores citados acima.

O Fígado na Medicina Tradicional Chinesa
Fígado, o Aplanador das Emoções



Funções yin estão ligadas à fisiologia e à bioquímica e não serão abordadas aqui; se houver necessidade, existem excelentes tratados para serem consultados. O conceito de órgão na MTC é bem mais abrangente do que o usado nas escolas ocidentais. Quando falamos no fígado, do ponto de vista energético, estamos falando do fígado propriamente, da vesícula biliar, dos olhos, dos ombros, dos joelhos, dos tendões, das unhas, dos seios, e todo o aparelho reprodutor feminino, desde ovários, trompas, útero e vagina. Por esse motivo, na MTC se diz que o fígado é o órgão mais importante para a mulher, assim como o rim é para o homem.
A energia do fígado é responsável por manter o livre fluxo da energia total do corpo. Como o movimento do sangue segue o movimento da energia, dizemos que o fígado direciona a circulação do sangue e regula também o ciclo menstrual. Mas o papel mais importante, sem dúvida é sobre o equilíbrio emocional, é a energia do fígado quem vai nos fazer responder a todos os estímulos emocionais, 24 horas por dia sem parar; daí já se deduz o desgaste intenso ao qual é submetido este sistema, e pouquíssimas atitudes são tomadas para auxiliar o fígado nesta tarefa, pelo contrário a nossa cultura parece fazer tudo para impedir o equilíbrio. Como todas as emoções boas ou más passam pelo fígado, não devemos reprimi-las a todo o momento. A repressão das emoções provoca um bloqueio da energia que vai levar à formação de calor no fígado. Este desequilíbrio energético pode se manifestar de várias formas. Dependendo da sua localização, podemos ter uma insônia, uma enxaqueca, uma precordialgia, uma hipertensão, uma gastrite, uma tensão pré menstrual, e por aí vai.
Os adoecimentos podem ser de dois tipos, por falta ou por excesso de energia, ou usando um termo mais técnico, por vazio ou plenitude. Em relação às emoções que lesam mais especificamente o fígado vamos ter, num quadro de plenitude, a raiva, mais exatamente a raiva reprimida e, num quadro de vazio, o pânico, que agora virou síndrome de pânico.
Cabe aqui fazermos uma distinção entre sentimento e emoção. Os sentimentos geralmente fortalecem os órgãos e servem como mecanismos de defesa para o nosso organismo. Por exemplo, uma sensação de apreensão é diferente do medo. A primeira nos coloca num estado de alerta diante de certa situação, sem nos limitar em nada, nos protegendo dos perigos. O medo por sua vez nos limita e nos paralisa. A mesma coisa em relação a certa irritação que nos leva a reagir quando somos atacados ou nos sentimos lesados, que é diferente da raiva que tem um grau mais intenso. O importante é entender que todos os sentimentos atuam bem no organismo, tudo depende da intensidade e por quanto tempo. Da mesma forma que o sal, o orégano e a pimenta são temperos usados na alimentação, os sentimentos são o tempero da nossa existência. A qualidade de nossa vida dependerá da quantidade e da forma com que serão usados.
Como já foi dito, o fígado rege praticamente todo o sistema reprodutor feminino e são responsável por alterações no seu funcionamento que vão desde alterações no ciclo menstrual, os cistos de ovário, miomas uterinos, corrimentos vaginais, prurido vaginal, alterações da libido, como frigidez e impotência. Em algumas doenças só a energia do fígado está em desarmonia, e em outras existe também desequilíbrio de outros órgãos.
O fígado rege as articulações do ombro e joelhos e também os tendões de modo geral. Assim sendo, as bursites e as dores nos joelhos sem causa aparente são sinais de comprometimento da energia do fígado. As tendinites e os estiramentos freqüentes também estão neste grupo.
Os olhos são a manifestação externa do fígado, e suas patologias também vão nos indicar algumas alterações no fígado, as mais comuns são as conjuntivites, os olhos vermelhos sem processo inflamatório, os terçóis, os pontos brilhantes que aparecem no campo visual e outros.
As unhas são outra manifestação externa das condições do fígado, e as suas deformidades ou a presença de micose vão nos sugerir algum comprometimento na estrutura yin do fígado, ou desequilíbrio prolongado da energia do fígado.
Para concluir, o fígado comanda o funcionamento do sistema nervoso e é o responsável pelas alterações funcionais como as várias formas de epilepsia, as alterações no raciocínio, os desmaios e as perdas de consciência de modo geral, e as doenças degenerativas como o Parkinson.
Todo órgão está acoplado a uma víscera que, no caso do fígado, é a vesícula biliar, que em geral tem um papel secundário para o funcionamento do sistema. Resumidamente, a vesícula atua mantendo o nosso equilíbrio postural. Todos os quadros de tonturas, vertigens, labirintites estão ligados a ela. Rege a articulação têmporo-mandibular (ATM). Todas as tensões que ficaram retidas no fígado podem descarregar nesta região e produzir um quadro de ranger os dentes (bruxismo), que se manifesta mais freqüentemente durante o sono. A nível emocional a vesícula biliar comanda o nosso processo de decisão, e seus desequilíbrios vão se apresentar na forma de indecisões ou mesmo desorientações, perda de rumo.
A lágrima é a secreção interna que ajuda a aliviar o fígado. Deste fato vem a importância de não se reprimir o choro, embora nem sempre seja conveniente socialmente. Mas, pode acreditar conter o choro faz mal à saúde.
Agora que já temos uma idéia de como é estar com a energia do fígado desequilibrada, vamos fazer alguma coisa para ajudar. O mais importante é a harmonia das emoções, isto é, as emoções não devem ser reprimidas. Nós devemos senti-las e deixá-las fluir, evitando o apego emocional. Depois, evitar os medicamentos químicos, as bebidas alcoólicas, os temperos picantes, se não puder evitar, usá-los com moderação. Na alimentação, optar pelas coisas de cor verde, e usar de preferência verduras cruas.

Baço-pâncreas
O transformador dos alimentos
Na realidade o baço e pâncreas, como já foi dito são estruturas distintas, mas que energeticamente executam a mesma função, juntamente com o estômago, que completa a relação órgão - víscera. As estruturas regidas são: todo o sistema linfático, inclusive amígdalas, em parceria com o pulmão, o timo, os músculos e a boca.
Do ponto de vista emocional, o que afeta a energia do baço-pâncreas são as preocupações, as idéias fixas, as obsessões, tudo o que usar demais o pensamento e a reflexão. A diminuição da memória também pode ocorrer nas patologias associadas ao baço-pâncreas. Isto a nível prático pode ver nas doenças mais comumente associadas ao baço-pâncreas que são o diabetes e as obesidades. Então, aí vão dois conselhos: não se preocupe em demasia. Preocupar-se (ocupar-se antes), em excesso, geralmente faz com que atuemos pouco, além de lesar o baço-pâncreas. Evite o excesso de atividade intelectual, sem pausas para lazer que, além de lesar o baço-pâncreas, faz diminuir o rendimento, aumenta a vontade de comer doces, e faz crescer a barriga. E pior ainda, em alguns casos, tudo isto de uma só vez. Recomendações: preocupar-se só o necessário, e durante o menor tempo possível. Quando estiver estudando continuamente, programar-se para fazer pausas regulares para lazer, ou simplesmente fazer nada, sem sentimento de culpa, com certeza seu rendimento vai ser bem melhor.
Energeticamente o baço-pâncreas é responsável pela captação da parte yin da nossa energia que vem dos alimentos. Suas funções estão ligadas à digestão, transporte e armazenamento. Neste processo ocorre a separação de puro do impuro. O que for puro vai ser encaminhado ao rim para se juntar à parte yang que veio do pulmão, e formar a nossa energia vital adquirida. Quando este processo é perturbado de alguma maneira surgem às doenças ligadas ao excesso de armazenamento, que são as obesidades em suas formas ou as ligadas à má absorção, que são os quadros carenciais, as anemias, as anorexias, em suma, um baço-pâncreas em desarmonia pode levar tanto a um quadro de obesidade quanto a um quadro de magreza extrema.
Um dos primeiros sinais de que o baço-pâncreas não está bem é a sensação de peso no corpo, de moleza, sonolência. Isto basicamente se deve ao excesso de umidade que se acumula no organismo, que pode ser de origem climática. Isto acontece quando chove muito ou quando vamos para a praia. A causa pode ser também de origem alimentar, quando comemos muitos doces, verduras cruas ou frutas por tempo prolongado ou quando simplesmente comemos demais.
As patologias que ocorrem na boca são em parte associadas ao baço-pâncreas, como as gengivites, em parceria com o estômago, as aftas. Na realidade, a boca é a abertura externa do baço-pâncreas, assim como o nariz é a do pulmão.
Energeticamente o baço-pâncreas faz a energia descer, enquanto o estômago a faz subir. Ele também mantém tudo em seu lugar. Por isso as quedas de útero, de bexiga, as papadas caídas, a "barriga em avental", os seios caídos são ocasionados pela diminuição da energia do baço-pâncreas. Quem mantém o sangue dentro dos vasos também é o baço-pâncreas, quando isto não ocorre, vamos ter as hematúrias, as hemorragias uterinas, os hematomas espontâneos.
Quando temos náuseas ou vômitos é sinal de que o estômago não está mandando a energia para baixo, e por isso as coisas tendem a subir e, às vezes, aparecem os vômitos. Com o baço-pâncreas já acontece o oposto, se ele não executa suas funções, as coisas não ficam no lugar e tendem a descer, e aí vêm as diarréias.
Então, quando o baço-pâncreas está desequilibrado, os sintomas vão estar quase sempre ligados à presença de umidade, seja ela do ambiente externa, ou provocada pela alimentação inadequada. Mas a correção deste desequilíbrio sempre passa pela alimentação, porque a principal função do baço-pâncreas está ligada à assimilação dos alimentos. Esta função voltará a ser abordada na parte em que tratarei das obesidades. Em relação ao sabor, quando o baço-pâncreas está desgastado surge o desejo de coisas de sabor doce que, para ser benéfico, deverá ser satisfeito, mas com moderação. Na verdade, a nossa alimentação do dia a dia deve ter um pouco de cada sabor (azedo, amargo, doce, picante e salgado), porque aí vamos tonificar todos os órgãos.


Rim

O Gerador de Energia


Assim como o fígado é o responsável pela circulação da nossa energia, o rim é responsável, em grande parte por nossas características físicas. Como já foi dito, temos dois tipos de energia, uma adquirida, pela alimentação e pela respiração, e outra inata ou ancestral, que não é renovável e está armazenada nos rins.
O rim, ao contrário do fígado, não sofre com as nossas emoções. Ele tem, porém, emoções que estão a ele associadas, tais como o medo, a insegurança, a timidez, o autoritarismo. Se estas emoções forem prolongadas por muito tempo, ou muito intensas, podem levar a alterações da energia do rim.
A nossa vitalidade de modo geral depende do quanto é forte a energia do rim, e todo o processo de envelhecimento é comandado basicamente pelos rins; assim sendo, para se ter um processo de envelhecimento de boa qualidade devemos cuidar para que o desgaste da energia do rim seja lento e gradual. A energia do rim amadurece por volta de 7 a 8 anos de idade, por isso, até esta idade, é possível que a criança ainda não tenha o controle da urina. No plano emocional ainda persistem os medos infantis. A partir daí a energia do rim vai chegar à sua plenitude por volta dos 35 a 40 anos, quando se inicia o processo de envelhecimento. De forma geral, podemos dizer que se uma pessoa aparenta menos idade do que tem, está com a energia do rim em bom estado, se for o contrário pode significar duas coisas: ou tem energia ancestral insuficiente ou gastou muito a energia do rim. Em resumo, o rim é responsável por toda a nossa estrutura física e sua conservação.
O rim rege energeticamente várias estruturas, a saber, os ossos, a medula óssea, as articulações pequenas das mãos e dos pés, os tornozelos, os ombros junto com o fígado, o ouvido interno e a audição, os cabelos, as supra-renais, os orifícios inferiores (uretra e ânus) e a estrutura física do cérebro.
Sabendo destas correlações, podemos compreender o porquê de algumas doenças estarem associadas à energia do rim. Praticamente, todas as doenças dos ossos estão de certa forma associadas com a diminuição da energia do rim. Normalmente se instalam junto com o processo de envelhecimento, É o grupo das artroses, das artrites, das osteoporoses, e que normalmente vem acompanhada de outras doenças, em função do desgaste da energia dos outros órgãos, e aí teremos associados às hipertensões, os diabetes entre outras.
O cabelo também é uma estrutura gerada pelo rim, e pela sua observação podemos avaliar como está energeticamente o rim da pessoa. A queda ou branqueamento precoce é um sinal de desgaste acentuado da energia que pode ser tratado, desde que seja no início do processo. O mesmo vale para as quedas periódicas que ocorrem em algumas pessoas, principalmente as mulheres, como no pós parto. Estas quedas também coincidem com momentos de maior desgaste físico e ou emocional e também devem ser tratados para prevenir um quadro irreversível.
Outra função que também é regida pelo rim é a audição, juntamente com o ouvido médio. Temos duas patologias que são comuns: as otites e as hipoacusias. As otites ocorrem mais em crianças e são mais devidas a uma imaturidade energética do rim associada a fatores externos como vento frio e umidade, e por isso são mais comuns em crianças e tendem a desaparecer a partir dos 7-8 anos de idade, quando o rim atinge sua maturidade energética. A hipoacusia, que é a diminuição da audição, costuma ocorrer nas pessoas de mais idade e tem sua origem na diminuição fisiológica da energia do rim. Portanto, a surdez do idoso não dá para ser tratada só pela medicina natural, precisando dos recursos tecnológicos da medicina convencional.
A energia do rim, juntamente com a do fígado, rege o processo de gestação, do momento que vai da fecundação até a nidação na parede uterina, daí para frente entra também o baço-pâncreas. De forma geral, pode-se dizer que as esterilidades e infertilidades estão basicamente associadas à função energética destes três órgãos. Assim como a impotência e a frigidez, do ponto de vista energético, também estão ligadas ao fígado e rim.
A víscera acoplada ao rim é a bexiga e, diferentemente da vesícula biliar, não possui particularidades quanto aos aspectos emocionais, seguindo as mesmas características do rim, como medo e insegurança.
Assim como as emoções provocam o desgaste da energia do fígado, o excesso de trabalho provoca a diminuição da energia do rim. A primeira coisa, então, a fazermos para equilibrar o rim é arranjar um pouco mais de tempo para descansar, não fazer nada. Assim, você poderá ter um rendimento maior no seu trabalho. Outra coisa é fugir do frio e das coisas frias, dos gelados, porque eles lesam o rim, mas, de vez em quando, você pode e deve tomar ou comer algo gelado. Outro sinal de alerta é o desejo exagerado de sal ou comidas salgadas. Vale à regra, o pouco tonifica, o excesso lesa. E, por fim, já antecipando um pouco, se o rim estiver fraco devemos comer muitas raízes, de preferência cozidas, ou em sopas, que é melhor ainda.


 Jucimara Massoterapeuta

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